“Era uma noite maravilhosa, uma dessas noites que apenas são possíveis quando somos jovens, amigo leitor. O céu estava tão cheio de estrelas, tão luminoso, que quem erguesse os olhos para ele se veria forçado a perguntar a si mesmo: será possível que sob um céu assim possam viver homens irritados e caprichosos?” (Noites Brancas, de Fiodor Dostoievski)
As “noites brancas” de São Petersburgo, na Rússia, são célebres. Durante duas ou três semanas, no verão (final de junho, início de julho), o sol não chega a se pôr completamente, causando uma atmosfera onírica. No solstício de verão (22 de junho), o dia dura mais de 18 horas: o céu durante a noite não chega a escurecer e a cidade, como um fantasma, passa algumas horas entre duas luzes.
Estive em São Petersburgo – ou simplesmente “Peters”, como dizem os russos – na primavera ainda gelada de 2009, com a temperatura oscilando entre 3 e 10 graus negativos (muito frio, mas nada que algumas doses da excelente vodka russa não resolvam), e fiquei encantada com a atmosfera fantasmagórica das noites dessa belíssima cidade, onde viveu e morreu meu querido Dostoievski. Tornarei a falar dela (a cidade) e dele (o escritor) neste espaço. Há tanto o que contar (e compartilhar)...
A foto que ilustra o blog (da Nevsky Prospekt, principal avenida de São Petersburgo) foi tirada em 10/04/2009 por volta das 23 horas. Uma prévia das “noites brancas”... em plena primavera russa!
Li "Noites Brancas" ainda estudante de segundo grau.Pela mesma época pude assistir um filme russo sobre o livro, na época em que se costumava assistir filmes russos (assim como húngaros,poloneses e tchecos).Não sei que impressão teria destes filmes se os visse hoje, aliás no Brasil o cinema acabou dominado pelas produções americanas criando-se uma verdadeira ditadura que tem como seu símbolo máximo a premiação do Oscar.Como foi que regredimos tanto?
ResponderExcluirP.R.Baptista
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